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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Preparação para desastres.

Estação das chuvas. O clima está cada ano mais melindroso e áreas antes consideradas seguras de alagamentos, inundações e enchentes começam a apresentar problemas. Do nada, aquele simples buraco no asfalto de sua rua começa a crescer. Os vizinhos protestam e culpam o prefeito, que culpa o governador, que culpa a chuva e o aquecimento global. Mas o buraco vira uma erosão, e se une a outros buracos menores e o asfalto cede. Chove demais, não dá pra arrumar aquilo com toda esta agua.
A infiltração atinge a casa da D. Maria, apenas 3 casas da sua, e um trinco enorme aparece bem no meio da sala.

A tempestade desaba com fúria, os trovões e o vento parecem testar as fundações das construções e dos viventes. Você dormia quando veio o estrondo, alto demais? Perto demais?
Você abre os olhos e vê a energia acabando, logo volta, afinal madrugada com chuva dá nisso. Já estava quase adentrando no reino dos sonhos, entre relâmpagos e som de trovões, quando parece ouvir vozes, e a voz humana tem este poder, de tornar alenta por pura entoação, mesmo que as palavras sejam inteligíveis. Quando vem o som das sirenes, você decide levantar, rápido alarmado, corre pra janela da frente e vê pessoas correndo na tempestade, carros de policia, bombeiros, resgate... Puts deu merda!


Uma obra irregular na rua de baixo, um muro de arrimo cujo fiscal recebeu propina pra liberar, uma galeria entupida de lixo, a chuva inclemente, tanto faz, a casa da D. Maria foi abaixo, desabou e levou com ela seus gatos e vasinhos de planta. O buraco da rua agora é uma cratera com uma casa dentro, e parece faminto e voraz por mais vidas.
Um homem toca sua campainha gritando, as crianças acordam assustadas, você abre a porta e ele diz: " Pegue suas coisas e saia! Rápido! Vocês tem 3 minutos antes que tudo isso desabe!"

A pergunta que não quer calar é, você está minimamente preparado pra uma situação destas?
Sim, eu sei, ninguém está, mas acontece que isso é quase uma regra em nosso país todos os anos, em alguns lugares há mais probabilidade, as chamadas áreas de risco, porém, o fenômeno vem se multiplicando, são tufões como o que atingiu Taquarituba, incêndios químicos venenosos como o que ocorreu em Santa Catarina, em 5 anos, em um raio de 20 km de onde eu escrevo neste momento, presenciei 3 eventos correlatos: A pequena Fernando Prestes submersa, o desabamento de todo um quarteirão no Jardim Paulista em Monte Alto seguido por mais uma evacuação, num bairro logo acima, onde 20 casas ficaram a beira de um precipício. Tivemos no inicio de 2012 um vendaval que destruiu mais de 100 casas na cidade vizinha e bem perto disso aqui.

Note, eu só me foquei em cenários onde casas são atingidas, nem vou entrar no mérito dos acidentes, crianças tragadas por bueiros, pessoas levadas em enxurradas,  afogamentos etc.

Não vou engrossar mais a lista de perigos, vou começar a falar de soluções, ou melhor, ações que podemos tomar para minimizar o estrago destes eventos na vida das vitimas. Neste vídeo eu falo sobre isso, atendendo um pedido feito por uma pessoa que passou por isso. O vídeo foi bem superficial, longe de ser uma tese ou tratado sobre o tema, mas alcançou seus objetivos e os comentários chegam a ser mais valiosos que o material postado.

Leiam os comentários, se quiserem opinar serão bem vindos, mas o que vale mesmo é responder a pergunta:

Sobrevivente, você está preparado?

Abraços.

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