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domingo, 4 de novembro de 2012

A Cimitarra quebrada.

 
 A cimitarra quebrada.

Tive talvez a conversa (escrita) mais doida da minha vida. A pouco tempo conheci um chefe escoteiro, e por conta de um tópico de laminas pra bushcraft trocamos mensagens, óbvio, conseguimos chegar a um termo que é usarmos o tradutor do google, colocando as mensagens em inglês, pq chefe Russein é Árabe. O homem usa uma cimitarra quebrada como faca de campo. Rolou ali uma afiação mas basicamente é uma lamina de uns 15 cm. O papo desencadeou para primitivismo quando veio a surpresa, o homem vive como uma espécie de beduino, passa periodos em um local que não é um deserto mas um tipo de semi árido e usa recursos de uma cidade próxima, como telefone e internet. O termo primitivismo deu pano pra manga, a começar pela barreira da língua haha. No fim ele me deu seu ponto de vista: "Não há primitivismo e sim conhecimento antigo, ou ancestral, não pode haver tempo como medida para a prática, pois há povos que vivem até hoje como seus ancestrais, pessoas que costuram suas tendas, fazem suas ânforas e catam sua comida." Ele completa com largas explanações sobre seu ponto de vista a respeito de bushcraft ( deve ser triste pro meu amigo ver certas coisas e só ter areia seca e camelos kkkk) entendi algo "como resgatar conhecimentos milenares sobre um determinado sistema ou ambiente" Sim, sistema, como sobrevivencialista não posso excluir o aspecto sustentável, afinal uma comunidade vive ali desta forma, logo a prática se estende para além do esporte, ou hobby ou seja lá como queiram chamar e vai pro modo de vida de toda uma comunidade. Alguns porques vem á tona, porque determinado modelo de faca é usado por determinado povo? Hoje estes modelos ( legais, históricos ou não) povoam o meio mateiro ocidental, vc pode escolher entre facas Austro-russas até modelos nepaleses, filipinenses etc, o que pouca gente percebe, é que ainda há nativos ancorados no planeta, com seus pés e tradições cravados em suas terras, muito do que chamamos de bushcraft, primitivo ou ancestral é ainda rotina diária hoje em dia, e duas ou tres vezes por semana este nativo usa o Surface! Toda esta história serve para mim como alguns parâmetros, o primeiro é que vou reconsiderar certas terminologias, o segundo é a reafirmação que as artes mateiras e culturas antigas são um poderoso instrumento de sustentabilidade para o sobrevivencialismo, o terceiro e mais incrível é imaginar, que mundo afora, ainda tem muitos Otzis andando poraí Giuliano Toniolo, com nossos indios, com os beduinos, entre os nativos de áreas torrencialmente frias ou nas vastas savanas africanas, tem cara lascando pedra pra viver, fazendo cerâmica e curtindo couro. Ray Mears... O cara sacou o jogo, o bushcraft dele não se baseia só em primitivismo estático ou histórico, mas no CONHECIMENTO ancestral de forma global e ainda vivo. Fechou, eu e Ch. Russein já eramos fãns do Raí meiers, agora decidimos reassistir todo o material dele (sacrificio hehehe!) e voltar a tagarelar com letras. Abraços!
Salam Aleikum. 
Colei isso do meu Facebook (batata sobrevivencialista), e acho que estou bem longe de finalizar esta teoria, ou linha de pensamento escrito.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Minha primeira faca!


Sem muito blá blá blá, Pukko feita em aço 1075 cron-van, o fio é escandinavo e a tempera integral. Bainha feita pelo amigo Edú Vichenoss.
O cabo é de cedro e tentei fazer uns entalhes!