Sobrevivencialismo |
Sobrevivencialismo é
o nome de um movimento, ou estilo de vida, que abrange pessoas que se preparam
para enfrentar emergências ou adversidades que podem mudar drasticamente o seu modo
de viver. O indivíduo que adota esse estilo de vida é chamado de
"sobrevivencialista" ou "preparador".
O sobrevivencialista
é alguém que decidiu não deixar aspectos críticos e essenciais à sua vida ou de
sua família sob a responsabilidade do governo ou mecanismos de ajuda
humanitária. São pessoas que buscam a autossuficiência sob diversas
perspectivas e para isso realizam treinamentos e adquirem equipamentos que
podem ser essenciais à manutenção da vida, como por exemplo, kit de primeiros
socorros, arma para defesa pessoal e ainda mantém estoques de água e alimentos.
No Brasil os
principais aspectos que levam o cidadão a se tornar um sobrevivencialista são os
receios por fatores como a ruptura da ordem social, crises econômicas,
desastres naturais ou causados pelo homem, a violência urbana, crises de
abastecimento.
Uma das prerrogativas
do sobrevivencialismo é a preparação prévia para lidar com estes incidentes,
antecipando ou atenuando os efeitos primários ou secundários da ameaça, um bom
exemplo desta preparação é ter uma lanterna a postos para enfrentar um
blackout, um extintor de incêndio (mesmo sem a necessidade por lei) e uma outra
diversidade de itens e conhecimentos aplicáveis em situações de dificuldade.
O termo
"survivalism" em inglês foi criado em meados de 1970 nos EUA, para
descrever o conjunto de práticas, habilidades e conhecimentos necessários para
a manutenção da vida no que diz respeito à sobrevivência, porém ao contrário do
que muitos pensam o sobrevivencialismo não está exclusivamente relacionado à
sobrevivência na selva e estende sua prática para todo tipo de cenário, sendo
muito comum entre os adeptos, a prática urbana.
Na década de 70 com a
possibilidade real de uma grande guerra nuclear, o governo americano incentivou
que a população construísse abrigos subterrâneos e a mantivesse um estoque de
emergência, com alimentos e água. Porém já no inicio do século passado, com a
grande depressão e duas guerras mundiais, já haviam criado nos EUA o perfil do
sobrevivencialista moderno. Países como a Suíça, Japão, França, Chile, Rússia e
Alemanha nesta mesma época já apoiava que os cidadãos se preparassem para
desastres de larga escala, pois era iminente a probabilidade de eventos de
grande magnitude como frio extremo, terremotos, tsunamis e ameaças militares.
Um famoso programa
governamental americano, chamado de "Lei do Homesteading" que dava
incentivo e isenções fiscais para pessoas que se dispusessem a
"colonizar" e se manter em áreas remotas do país foi o ponto de fusão
entre o que até então era só aspecto da defesa civil ou de
movimentos diversos e, com isso, formou-se definitivamente a base do
sobrevivencialismo com esta nomeclatura.
É durante as
situações de emergência que sobrevivencialismo entra em ação. Sejam elas de
pequenas ou grandes proporções e, dependendo do tipo de preparador, na rotina
do dia a dia. Quando um sinistro acontece há um período onde a vítima se vê
sozinha ou isolada até que ocorra uma intervenção ou a ajuda externa chegue.
A preparação básica é
muito simples e inclui itens, hoje muitas vezes esquecidos, como ter uma
simples lanterna para momentos onde há queda de energia ou um bom kit de
primeiros socorros para lidar com cortes e queimaduras. Preparadores em
estágios mais avançados provavelmente já terão investido em geradores e armas
para proteger a sua casa e garantir a segurança da sua família.
Sobrevivencialistas
vivem constantemente em busca de conhecimentos que possam ajuda-los a lidar com
qualquer tipo de ameaça, além disso, são adeptos a qualquer tipo de kits que
possam auxilia-los numa emergência. Dois kits básicos que todo
sobrevivencialista sempre tem à mão são o EDC (Every Day Carry) que oferece
recursos para solucionar pequenos problemas e as BOBs (Bug Out Bag), também
chamadas de mochilas de evasão, que guardam tudo que é necessário para garantir
a sobrevivência de um individuo por aproximadamente 72 horas, tempo médio que o
socorro leva para chegar.
Imaginando eventos de
proporções mais complexas que podem abalar a estrutura familiar como um
desastre natural, uma possível greve na distribuição de alimentos, o desemprego
de um arrimo de família ou o descontrole dos preços gerados por uma economia
oscilante, muitos preparadores mantém um estoque de alimentos que possam suprir
as necessidades básicas da sua família.
Em termos gerais, o
sobrevivencialismo está inserido diretamente no dia a dia de qualquer indivíduo
e vira uma prática comum quando a busca pela autossuficiência começa a render
frutos. Um preparador que mantém uma horta em sua casa mesmo não estando em um
estado de privação alimentar vai obter benefícios com a colheita, o mesmo vale
para quem produz energia, coleta e reutiliza água da chuva, cria animais etc.
Em longo prazo o
estudo ensina práticas mais saudáveis e seguras e remete ao resgate de técnicas
básicas de sobrevivência humana e, muitas vezes, também é um regaste a cultura
de nossos antepassados.
Quanto menos
dependente do sistema o indivíduo for, mais economia e mais qualidade de vida
ele terá.
O melhor lugar para
ser um sobrevivencialista é exatamente onde você está agora, no local que você escolheu
para estabelecer sua vida.
Todos em todos os
lugares correm o risco de serem vitimados por desastres e calamidades. Cidades
que nunca tiveram eventos de grande proporções podem ser alagadas de um dia
para outro, terremotos, crises financeiras, rebeliões sociais e violência
urbana não segue um padrão. E mais, se você acha que isso nunca vai acontecer
com você podemos citar dezenas de fatos que acontecem todos os dias aqui mesmo
no Brasil, provavelmente no seu estado e até mesmo na sua cidade.
Num primeiro momento
o sobrevivencialista cria um mapa de riscos, imaginando por probabilidade, qual
evento ou ameaça tem mais chance de afetá-lo e com isso a sua preparação se
volta para aspectos do ambiente que o cercam.
Uma regra é pétrea no
sobrevivencialismo, o lugar mais seguro que um sobrevivencialista dispõe, em
primeiro plano, é sua casa.
É muito comum que
preparadores e sobrevivencialistas tenham um plano de fuga, geralmente um local
onde possam se refugiar fora de um eventual tumulto em grandes centros. Estes
prepradores se veem obrigados a colocar em prática suas habilidades e
conhecimentos relacionados à nova localidade, o dia a dia em uma chácara ou
sítio é bem diferente do dia a dia de um trabalho no escritório, logo o
sobrevivencialista que tem como plano de fuga uma rota rural passa a dedicar
bom tempo ao estudo do ambiente.
Outra opção são
cursos e treinamentos, que geralmente lapidam a prática e agrupam pessoas com os
mesmos interesses.
Muitos acreditam que
os sobrevivencialistas são super homens ou mulheres que foram forjados no
inferno e jogados na terra com poderes para sobreviver a tudo. Um grupo de
cidadãos de elite formado por ex-militares, pessoas que nasceram e cresceram em
áreas inóspitas, superatletas, milionários excêntricos e outros acima da média.
Mentira! Sobrevivencialistas
tem grandes famílias, fazem compra no mercado, vão ao cinema, levam os
filhos na escola, trabalham e interagem com centenas de pessoas todos os dias.
É o cidadão que independente da sua condição tem a preocupação com a segurança
da sua família.
São homens e
mulheres, pais e mães que buscam proteger seus filhos e mantém seu modo de vida enxergando a realidade do
sistema atual. Por mais que paguem seguro, impostos, convênios médicos,
instalem alarmes e cercas o sobrevivencialista padrão sabe que não terá uma
ambulância de plantão na porta de sua casa, nem os bombeiros, nem a polícia,
nem alguém com o dinheiro que ele precisará ali no fim do mês, ao contrário em
situações de crise extrema ele tem plena convicção que estes serviços demorem
muito, ou que só venham quando o socorro for tarde demais.
A grande maioria de
sobrevivencialistas é formada por pessoas comuns como eu e você.
Por que coisas ruins
acontecem e, muitas vezes, não há como evitar.
Um estudo recente de
uma universidade Inglesa aponta como a atual sociedade está vulnerável.
Em 1940 a grande
maioria das pessoas do mundo sabia o que fazer para sobreviver. Era raríssimo
existir uma família onde pelo menos duas ou mais pessoas não conseguissem tomar
suas vidas nas mãos a partir de... QUASE NADA.
As pessoas sabiam
criar e limpar um frango e ter uma galinha no quintal não era algo alienígena
como hoje é considerado. Sinceramente se eu fosse vendedor de ovos ou frangos
faria de tudo para que você acreditasse que ter este tipo de cultura em casa é
errado, ter você ali, dependente do meu produto é garantia de lucro.
O mesmo vale para
outros aspectos: se eu diminuir as casas, os armários e o espaço como um todo,
obrigo você a ir mais vezes ao mercado, aí você pega o que precisa e mais uma
ou outra coisinha e se torna dependente do comércio por pura falta de opção. Se
uma crise de abastecimento ocorrer, ou você defende com unhas e dentes o
"supermercado" ou passa fome. Só que em 1940 isso não acontecia, na
crise as pessoas produziam o que precisavam para viver, consertavam coisas e construíam
outras.
Em 1940 as pessoas
tinham dinheiro em casa e ele não era virtual. Hoje o dinheiro sequer existe,
um governo qualquer, com um simples click num teclado sequestra a economia de
um país.
Sim, o mundo mudou! Mais
tecnologia e cada vez mais pessoas consumindo levou a agricultura às alterações
genéticas, venenos poderosos e a destruição ambiental. A lei de causa e efeito
e a retribuição da natureza fazem vítimas por toda parte, seja com doenças ou
desastres, é um preço que as pessoas estão pagando.
Sobrevivencialista
não é uma pessoa pessimista como muitos acreditam, o Sobrevivencialista é
realista e acredita que é melhor estar preparado e nunca precisar, do que
precisar e não ter as habilidades certas para defender a sua família.
*Texto elaborado por Márcio R.
Andrade, o ‘Batata’, após anos de
pesquisa e vivência prática sobre o tema. Publicado inicialmente no site
“www.guiadosobrevivente.com.br “ em 09/06/2015 .Sua reprodução é livre, desde
que respeitada à autoria da fonte.
Muito bem escrito o seu texto, que retrata com absoluta realidade o momento atual, onde o futuro é incerto, catástrofes naturais e provocadas tem resultado em desastres avassaladores, que obrigam ao racionamento hídrico e elétrico, danos ao ecossistema, ceifando vidas e destruindo o meio em que vivemos. Obrigado
ResponderExcluirSOLIM - 1 , PRODUTO PARA ESPANTAR COBRAS VENENOSAS .
ResponderExcluirwww.flogao.com.br/americoreciclagem
PARABÉNS AO BELO TRABALHO DE VOCÊS .
OLÁ, MEU CARO BATATA!
ResponderExcluirO SEU SITE ME FAZ RECORDAR OS LONGOS ANOS QUE LEVEI DESBRAVANDO O IMPÉRIO DECADENTE DOS EUA, aonde o SOBREVIVENCIALISMO se tornou particularmente influente com o advento das armas nucleares, e o potencial para o colapso da arrogante sociedade americana a luz da inexorável dominação do TERRÍVEL NEOLIBERALISMO ECONÔMICO, responsável direto pelo aumento da pobreza, violência e do terrorismo no planeta.
Aqui no BRASIL o número de SOBREVIVENCIALISTAS continua aumentando ano após ano, pois o futuro é cheio de incertezas com a lenta, mas inexorável transformação do nosso PARAÍSO TROPICAL no INFERNO LATINOAMERICANO.
LÊNIN estava corretíssimo quando afirmou que uma revolução é necessária quando a classe dominante estagnou e a classe dominada não quer prosseguir no velho sistema. A transformação do PARAÍSO TROPICAL NO INFERNO LATINOAMERICANO é um fato inescapável e incontrolável.
Defendo esta tese com argumentos irrefutáveis no meu artigo intitulado “7 PRÁTICAS QUE LEVAM O POVO BRASILEIRO A SE AFUNDAR NA PRÓPRIA MERDA”. Saiba mais acessando https://www.salvesequemsouber.com.br
SALVE-SE QUEM SOUBER é um indemonstrável PRINCÍPIO FUNDAMENTAL do Universo, assim enunciado: é a capacidade adquirida por um SER PENSANTE para identificar as oportunidades de progredir materialmente, evoluir espiritualmente e evitar as armadilhas da ESCOLA DA VIDA. É também a capacidade de produzir soluções para os problemas do cotidiano.